Metalúrgica ou torteria. Os negócios são diferentes, mas as lições são em comum: as chances de um novo negócio dar certo aumentam com o planejamento! O negócio da família Piffer, por exemplo, hoje é um sucesso. Mas, há dez anos, quando começou, tudo era difícil. Dona Sônia – na época viúva e sem nenhuma renda - resolveu fazer marmitas e quentinhas, sem os filhos Fernando e Cláudia saberem.

“Eu comecei escondido porque não tinha idéia de como fazer. Eu não sabia nem cozinhar! Quando o Fernando viu o cardápio que fiz, disse que era um horror. Ele me socorreu e, a partir daí, começamos juntos”, explica Sônia.

Do almoço para a sobremesa, a família se especializou em fazer tortas (foto). Mas, a informalidade era uma barreira para o crescimento.

“Era difícil com os fornecedores, pois ninguém queria entregar. Ou seja, se você não tem uma marca, você acaba não tendo as ferramentas para se colocar no mercado da maneira que gostaria”, conta Fernando.

Em 1997, os irmãos Piffer buscaram ajuda do Sebrae para montar um plano de negócio. Com R$ 20 mil eles alugaram uma casa, se instalaram e registraram a empresa. Ao mesmo tempo, participaram de cursos para aprender a administrar o negócio.

“Aprendemos a parte de imposto, dos fornecedores e a trabalhista. Isso tudo foi muito necessário para a nossa capacitação”, conta Cláudia.

Dois anos depois de abrir a loja, o empresário ainda pensava num jeito de aumentar o movimento. A solução estava na porta ao lado, onde ficava o depósito. Ele montou um bistrô e as pessoas que almoçavam passaram a conhecer a torteria. O número de clientes visitando a loja todos os dias aumentou de 40 para 200.

“O bistrô, na verdade, traz para você clientes que não viriam se não fosse pelo gancho do almoço. Além de acabar voltando, o cliente fica conhecendo todos os outros produtos que não conheceria se não viesse pelo almoço”, revela Fernando.

OUSADIA BEM SUCEDIDA

O que esquentou o negócio de Edno Zaniboni foi a ousadia. Hoje, ele é dono de uma metalúrgica com 70 funcionários. A oportunidade de virar empresário surgiu há 14 anos, quando ele era empregado numa fábrica de cimento.

“A empresa precisava adquirir uma máquina e, na época, não tinha o dinheiro total para compra. Eu e um amigo engenheiro resolvemos fabricar essa máquina. Daí nasceu uma empresa”, fala Edno.

Depois da primeira aventura, chegaram novos pedidos de peças feitas em aço. A mulher do empresário assumiu as contas da fábrica, mas a falta de planejamento colocava a metalúrgica em risco.

“Era tudo feito na mão. Eu tinha um caderninho com várias anotações: o que vendia, o que tinha para receber, o dia que ia entrar o dinheiro e se os clientes iam pagar no dia. Além da nota fiscal, não tinha nenhum documento que garantisse o pagamento”, relembra Ana Maria.

O casal procurou o Sebrae e recebeu treinamento. A empresa foi informatizada e toda parte financeira passou a ser controlada

“Qualquer empreendimento novo tem que estar com seu fluxo de caixa, de ingresso de receitas e de despesas muito bem pensados, pois ele vai precisar de capital de giro para que o negócio funcione”, diz Evandro Peçanha Alves, diretor do Sebrae no Rio de Janeiro.

Nesse mercado, a formação e treinamento da mão de obra é uma exigência dos clientes. Para investir em tecnologia, o empresário precisou fazer empréstimos.

“Você tem que estudar muito bem o mercado para ver se é realmente viável e, desta forma, pegar um investimento no banco. A porta do banco é um caminho para financiamento de equipamentos, mas equipamentos que realmente possam vir a gerar riqueza”, aconselha Edno.

Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios - 06/06/2004



Dois empresários fluminenses vão falar sobre a importância do planejamento na trajetória de suas empresas.

Brasília - Como garantir a sobrevivência de uma pequena empresa? Planejando. Este será o tema do programa “Pequenas Empresas Grandes Negócios”, transmitido pela Rede Globo de Televisão neste domingo (30). Planejar é o caminho mais seguro para garantir o crescimento e a continuidade dos pequenos negócios.

Dois empresários fluminenses vão confirmar essa orientação, falar sobre suas empresas e da importância dos cursos de capacitação em planejamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Eles são Fernando Piffer, dono da Torteria Piffer, hoje Bistrô Piffer, e Edno Taveira Zaniboni, diretor das indústrias mecânicas Sanber e San Bernardo.

Um empreendimento que começou de porta fechada

A história da Torteria Piffer começou há mais de seis anos, antes de Fernando Piffer tornar-se um pequeno empresário. Depois de trabalhar como vendedor, consertando pranchas e de ter tentado uma fábrica de bijouterias, resolveu trabalhar com alimentação e começou a vender “quentinhas” em casa, como uma fábrica de “porta fechada”. O negócio evoluiu e Fernando estabeleceu-se numa loja, como Torteria Piffer. Ele conta, orgulhoso, que enfrentou sozinho toda a burocracia do processo de legalização da pequena empresa.

“Busquei o apoio do Sebrae. Participei do curso de capacitação em gestão de negócio e fiz o planejamento inicial da empresa. Depois disso, continuo planejando cada etapa da Piffer e vou continuar planejando sempre”, conta Fernando.

No começo, o carro-chefe da então Torteria Piffer era a torta alemã com amoras e ele empregava três pessoas. Atualmente, a Torteria e Bistrô Piffer está localizado no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, produz vinte tipos de deliciosas tortas salgadas, doces, light e diet, entre outros. A fábrica foi ampliada e os próximos passos já estão definidos, - ou melhor, planejados: outras lojas e o serviço Piffer Em Casa.

”Aprendi a planejar com o Sebrae. Planejar é preciso para traçar metas e criar objetivos. Se você não planejar, não saberá nem o que quer e muito menos como conseguir o que quer”, completa Fernando. Para ele, muitos pequenos empreendimentos não vão em frente, pois não basta ter boas idéias para negócios se não houver planejamento para concretizá-las e, depois, continuar crescendo.

“Eu gravava as aulas do Sebrae pra depois ouvir de novo em casa”

O segundo exemplo será o de Edno Taveira Zaniboni, diretor de duas indústrias mecânicas, a Sanber e a San Bernardo, localizadas em Cordeiro, na região serrana do Rio de Janeiro, a 50 km de Nova Friburgo.

Antes de abrir a Sanber Indústria Mecânica, Edno trabalhava como técnico mecânico na área de produção do setor cimenteiro. Percebeu a oportunidade de negócio e deixou de ser empregado para ser fornecedor da indústria cimenteira que o empregava. Isso aconteceu há quatorze anos, quando fundou a primeira pequena fábrica de peças de reposição de calderaria e usinagem.

“Se você visse o que éramos, e onde estamos hoje”, diz Edno com satisfação. “Nós não sabíamos nada de gerenciamento de empresa. Temos orgulho de dizer que evoluímos graças aos cursos e ao apoio do Sebrae. Eu levava gravador para as aulas e depois ouvia de novo em casa”, revela.

O empresário afirma que o hábito de planejar a empresa foi fruto dos cursos de capacitação no Sebrae. O sucesso do negócio depende de vários fatores e o planejamento está entre os mais importantes. “Só há crescimento com planejamento”. Hoje, ele dirige a Sanber e a San Bernardo Indústria Mecânica, que juntas geram 70 empregos, atendem 10 clientes e produzem equipamentos especiais para indústrias de grande porte.

No momento, Edno cuida da implantação do ISO 9000 nas duas indústrias - com o apoio do Sebrae, faz questão de dizer. ”Acabamos de fazer a capacitação voltada para a indústria de petróleo.

Estamos montando filial em Rio das Ostras, na Zona Especial de Negócios em Rio das Ostras (ZEN), onde a prefeitura está cedendo terrenos para fábricas. Esse será o próximo passo, de acordo com o nosso planejamento”, conta o empresário.

Fonte: Administradores.com - 31/05/2004



O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, o presidente da INVESTE RIO, Maurício Chacur, e o Diretor de Operações, Luiz Henrique Bevilaqua, assinaram ontem contrato de financiamento no valor de R$ 3,6 milhões com o grupo Sanber Indústria Mecânica Ltda. - que presta serviços de usinagem, calderaria e montagens industriais. A cerimônia de assinatura, que aconteceu na sede da Secretaria, também contou com a participação do sócio proprietário Edno Taveira Zaniboni.

- Espero com este aporte financeiro triplicar o faturamento da empresa. As condições de financiamento e o atendimento da INVESTE RIO são incomparáveis. Estou muito satisfeito e espero retribuir estes incentivos com a geração de empregos e renda no estado do Rio - ressaltou Edno ao final da cerimônia.

Segundo ele, os recursos serão empregados na aquisição de máquinas e equipamentos e na modernização da fábrica do grupo em Cordeiro, na Região Serrana. A empresa está ampliando sua capacidade no rastro da expansão da atividade de exploração e produção de petróleo no Rio e no Brasil. Com o investimento, cujo montante chega a R$ 5,2 milhões, serão gerados 89 novos empregos na região.

Fonte: Investe Rio - 04/03/2011



 

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